História
Foi em 1975. Vários responsáveis por grupos dispersos de jovens sentiram a necessidade de se reunir para dialogar, em conjunto, sobre a pastoral de jovens e unir estreitamente esses grupos. A reunião teve lugar no Lar do Sagrado Coração de Maria, em Braga.
Em fins de 1975, estes Animadores receberam um convite do Secretariado Nacional da Educação Cristã da Juventude para um encontro em Fátima. De Braga arrancaram duas camionetas com jovens… Este encontro foi uma experiência de grande sensibilização para a urgência de unir tantos grupos de jovens que começavam a surgir em todo o Portugal e de lhes dar formação cristã sólida.
A Diocese de Braga começa a viver uma grande movimentação de jovens devido, sobretudo, ao grande dinamismo e entusiasmo do Padre Joaquim Quinteiro. Projecta-se um Grande Encontro de Jovens que se realiza em 14 de Março de 1976, em Ponte de Lima. Ali se juntam cerca de 500 jovens que, divididos em grupos, reflectem sobre a realidade juvenil da Diocese e, no final, publicam as conclusões dessa reflexão, denunciando os males e anunciando as suas esperanças e aspirações. É clara a necessidade de unir os jovens e de os fazer descobrir o verdadeiro significado de Cristo para as suas vidas.
Este Encontro foi o ponto de arranque para um trabalho de sensibilização dos jovens. A partir de então vários encontros se organizam, a nível de toda a Diocese, para despertar os jovens para o seu lugar na Sociedade e na Igreja. E são milhares os jovens que acorrem a tais Encontros.
O «Movimento» ia-se alargando. O Padre Quinteiro começa a formar uma equipa de jovens que o ajudem corresponsavelmente neste trabalho. Esta equipa mantém-se unida ao Secretariado Nacional da Educação Cristã da Juventude (SNECJ) e forma o Secretariado Diocesano da Educação Cristã da Juventude (SDECJ). Começam a formar-se vários grupos de jovens. Estava a nascer um «Movimento» juvenil que era preciso estruturar e acompanhar. Surgiu então a ideia de se chamar «Jovens em Caminhada». As linhas de força fundamentais eram as seguintes: evangelização e compromisso eclesial, isto é, reflexão e acção.
Em Setembro de 1980, o P. Quinteiro foi chamado para servir a Igreja a nível nacional, trabalhando em ligação com a Conferência Episcopal. Para o substituir foi nomeado o P. José Rui da Costa Pinto, S.J. Por sua vez, também a Equipa Diocesana foi remodelada com a entrada de novos jovens.
Aproveitando a grande sensibilização que o P. Quinteiro tinha conseguido entre os jovens da Diocese, a nova Equipa Diocesana lançou-se ao trabalho com muito entusiasmo, alegria e dinamismo. A primeira etapa foi a formação de grupos e de animadores desses mesmos grupos. Para tal, planeámos o trabalho em duas frentes” grandes encontros por zonas, a partir dos quais se formaram dezenas de grupos paroquiais; a realização de um Curso de Animadores em que participaram cerca de 50 jovens. As actividades deste «nosso» primeiro ano culminaram com a celebração da Páscoa Jovem 81 que contou com a presença de mais de 150 jovens.
Podemos dizer que o ano apostólico 1980/81 foi essencialmente o ano em que procurámos a formação de grupos e a estruturação do Movimento. A partir de então, tornava-se necessário solidificar o Movimento através duma formação séria dos jovens e lançando-os para o compromisso apostólico.
Para tal, organizámos, ao longo destes anos, inúmeras e diversificadas acções de formação- Cursos de Animadores, Cursos de Jovens, Retiros, Páscoa Jovem, …
Em 23 de Junho de 1988 constituímo-nos legalmente como Associação Juvenil e desde 8 de Janeiro de 1990 estamos registados no Registo Nacional das Associações Juvenis (RNAJ).
Tendo em vista a construção do CAFJEC e o acordo de cooperação a estabelecer com a Segurança Social, em 5 de Novembro de 1991 constituímo-nos como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS).
Mas… muito mais importante que estes “títulos” jurídicos é a vida que circula nos Jovens em Caminhada e é dela que queremos falar e partilhar com todos.